A HISTÓRIA DE WESTEROS - PARTE 4 - A DINASTIA TARGARYEN (3/3)

Dando continuidade á história de Westeros. Pretendentes e mais pretendentes estão ameaçando o Trono de ferro e a Casa Targaryen, então não dá para confiar quem está no lado de quem. Conspirações e golpes indicam que os Targaryen estão sendo problemas para o reino. E como um rei pode ser louco o suficiente para conseguir acabar com uma dinastia.

Obs: É muito importante a leitura das três primeiras partes, porque muito do que aconteceu lá vai ser citado aqui.

Aerys I (209 DC até 221 DC)

Aerys era muito interessado em livros, assim como o seu pai. Após a morte de Daeron e seus netos Valarr e Matarys na Grande Praga da Primavera, Aerys herdou o Trono. A praga continuou a se alastrar no seu governo durante mais alguns anos.

Ele nomeou seu tio Brynden Rivers, Lorde Corvo de Sangue, como Mão do Rei e para governar o reino enquanto ele se preocupava com livros e estudos. Ele era um rei muito estudioso, preferia ler livros a governar, assim diziam pelos Sete Reinos que "ele prefere um livro na sua cama do que uma esposa", o que era uma verdade, pois apesar de ter uma esposa, Aelinor Targaryen(sua irmã), ele não gerou nenhum filho.

Durante o reinado de Aerys, Westeros sofreu uma grande seca. Viajar era muito mais impossível do que antigamente. Para complementar a desgraça, as Ilhas de Ferro sob o comando de Dagon Greyjoy, se aproveitaram do caos da praga e da preocupação sobre os Pretendentes Blackfyre, e assolaram várias partes do reino.

Falando em Pretendentes Blackfyre, foi no reinado de Aerys que ocorreu a Segunda Rebelião Blackfyre. Felizmente com uma proporção muito menor da primeira. Em 212 DC, Daemon II Blackfyre, filho de Daemon I, se disfarçou de um cavaleiro andante chamado Sor John, O violinista, tentou iniciar uma nova rebelião, junto com vários lordes que lutaram do lado do Dragão Negro. Eles usaram um torneio em comemoração ao casamento de Lorde Butterwell para reunir todos os aliados. Mas Lorde Corvo de Sangue descobriu tudo, prendeu Daemon e decapitou os Lordes. Brynden manteve Daemon prisioneiro do Rei Aerys, a fim de Açoamargo não coroar mais nenhum pretendente.

Como se já não bastasse duas rebeliões, houve uma terceira ainda no reinado de Aerys. Açoamargo lançou uma nova invasão após coroar Haegon Blackfyre, outro filho de Daemon I. A liderança do exército do irmão e sobrinho de Aerys, Maekar e Aegon, foi de se admirar. Na guerra, ocorreu outro embate entre Lorde Corvo de Sangue e Açoamargo. No final da batalha, Haegon foi brutalmente morto e Açoamargo foi mandado para a Patrulha da Noite, na Muralha. Os apoiadores Blackfyre souberam disso e atacaram o navio que transportava Açoamargo antes que chegasse em seu destino.

O Rei Aerys I morreu em 221 DC, e como não deixou filhos, seu irmão Maekar sentou no Trono.

Maekar I (221 DC até 233 DC)

Depois da morte de Aerys, Maekar herdou o trono e prendeu Lorde Corvo de Sangue, porque não se sentia bem com a presença dele. 

A principal questão do reinado de Maekar foi: Qual era seu herdeiro? Ele tinha vários filhos e filhas, mas haviam aqueles que tinham razão de duvidar da tendência deles para governar. O mais velho era Daeron, que era conhecido como O Bêbado, que morreu de uma doença venérea, contraída de uma prostituta. o segundo era Aerion, chamado de Chamaviva, só que morreu também quando tomou um frasco de fogo vivo, acreditando que se transformaria em um dragão. Daeron deixou uma filha chamada Vaella que na verdade era uma simplória e Aerion deixou um filho pequeno chamado Maegor. O terceiro de Maekar era Aemon, um garoto estudioso que foi mandado para a Cidadela para se tornar um Meistre (Sim, ele é o Meistre Aemon da Patrulha da Noite). O quarto era Aegon, que na juventude servira como escudeiro de um cavaleiro andante, Sor Duncan, O Alto.

Maekar governou até 233 DC, quando morreu em batalha ao enfrentar um Lorde pequeno que tinha se rebelado, provavelmente um aliado Blackfyre. Após sua morte, houve uma crise sucessória e um Grande Conselho, que coroou seu filho mais novo, Aegon.

Aegon V, O Improvável (233 DC até 259 DC)

(Aegon V ali atrás)

Com a morte do Rei Maekar, devido ao número de pretendentes, Brynden Rivers reuniu um Grande Conselho para decidir a sucessão, entre os mais votados estavam Maegor, filho de Aerion Chamaviva e Aegon, filho mais novo de Maekar.

Aenys Blackfyre, quinto filho de Daemon I, enviou uma carta de seu exílio em Essos e falou da sua pretensão, tentando ganhar por meio de diplomacia o que seus três antecessores falharam miseravelmente. De modo traiçoeiro, Lorde Corvo de Sangue permitiu que ele fosse para Porto Real e expôr o seu caso na frente dos lordes e não ser molestado e Aenys aceitou de bom grado, Mas assim que ele chegou, Brynden Rivers o capturou e cortou sua cabeça, a apresentando aos lordes do Grande Conselho, servindo como exemplo para todos que tentassem passar para o lado dos Blackfyre. No fim de tudo, o Grande Conselho escolheu Aegon como herdeiro, que se tornou Aegon, O Improvável, pois a sua sucessão foi bastante aleatória. Essa escolha causou a queda de Lorde Corvo de Sangue, pois Aegon o demitiu e o mandou para a Patrulha da Noite.

Aegon esvaziou as masmorras da Fortaleza Vermelha para que acompanhassem seu irmão, Aemon, até a Muralha. Entre os libertos estava o seu tio, Brynden Rivers, que mais tarde se tornou Senhor comandante da Patrulha da Noite. Durante seu reinado, ele nomeou seu velho amigo, Sor Duncan , como Senhor Comandante da Guarda Real.

Em 236 DC, Daemon III Blackfyre e Açoamargo lançaram a Quarta Rebelião Blackfyre. Contudo, eles conseguiram pouco apoio e sua rebelião foi tão esfarrapada quanto seus estandartes. Em uma batalha, Sor Duncan, O Alto assassinou Daemon III e Açoamargo fugiu novamente.

Aegon teve três filhos (Duncan, Jaehaerys e Daeron) e duas filhas (Shaera e Rhaelle). Jaehaerys teve dois filhos, Aerys e Rhaella. Os dois se casaram.

Aegon se casou por amor, assim como todos os seus três filhos, o que causou muitas inimizades. Surgiram várias intrigas, traições e tulmuto que culminaram em Solarestival.

O Rei Aegon morreu no incêndio de Solarestival, o palácio de verão dos Targaryen, graças a uma tentativa de chocar ovos de dragão. Mas claramente isso foi um golpe de seus inimigos para tentar acabar com a Dinastia Targaryen. O filho de Aegon, Duncan, e o Senhor Comandante da Guarda Real, Sor Duncan, O Alto, também morreram nesse evento que ficou conhecido como A Tragédia de Solarestival. Assim, Jaehaerys herdou o Trono.

Jaehaerys II (259 DC até 262 DC)

Jaehaerys era o segundo filho de Aegon V. Se casou por amor, recusando um casamento arranjado. No entanto, depois de ele ouvir uma profecia de uma bruxa do bosque, que dizia que o príncipe prometido (Que na religião do Senhor da Luz é conhecido como Azor Ahai), renasceria da linhagem do príncipe Aeys e da princesa Rhaella, ordenou que seus filhos se casassem. O filho primogênito, Rhaegar, nasceu na Tragédia de Solarestival em 259 DC.

Quando Açoamargo morreu, Maelys Blackfyre virou líder da Companhia dourada e organizou a Quinta Rebelião Blackfyre. Reuniu suas forças em Essos e atacou Westeros. Jaehaerys respondeu imediatamente o ataque, mandando um exército para Passopedra, estreito que separa Westeros de Essos. O Conflito que se seguiu foi conhecido como A Guerra dos Reis das Nove Moedas, porque envolveu nove reis de Essos. Sor Barristan Selmy matou Maelys em um combate singular e finalmente colocou um fim na linhagem masculina dos Blackfyre. Por causa do feito, Jaehaerys promoveu Sor Barristan à um cavaleiro da Guarda Real.

Devido a seus problemas de saúde, muitos consideravam Jaehaerys um fraco, mas Sor Barristan Selmy pensava diferente. O reinado de Jaehaerys durou três anos, mas foi um bom reinado.

O filho de Jaehaerys, Aerys, herdou o trono. Talvez esse foi o pior erro da Dinastia Targaryen.


Aerys II, O Rei Louco (262 DC até 283 DC)

No decorrer de doze pacíficos anos, o reino se recuperou dos trágicos que aconteceram em Solarestival e se tornou mais forte e mais próspero. Porém, vários problemas surgiram e mudaram o governo de Aerys e o caráter(e muito) do próprio rei.

Sob os governos de seu pai e avô, a corte em Porto Real havia crescido conservadora. Aerys agradou com suas mudanças, substituindo homens velhos e fracos por jovens e fortes. Certamente, a principal mudança foi da Mão do Rei. Aerys ficou impressionado com as habilidades de Tywin Lannister em lidar com a rebelião de seus vassalos, então o tornou Mão. (Esses tal vassalos eram as Casas Reyne e Castamere,que se rebelaram contra a casa Lannister.As duas casas foram decimadas e extintas. Assim foi criada a famosa canção "As Chuvas de Castamere")

No entanto, Aerys se arrependeu de sua escolha mais tarde. Não foi devido a falta de competência de Tywin, muito pelo contrário. O Lannister provou ser um bom governante e sua popularidade cresceu entre o povo, de modo que eles falavam que era Tywin que governava, não Aerys. O capitão da guarda, Sor Illyn Payne, repetiu essa fala e teve a língua cortada. Invejoso, Aerys começou a depender menos de Tywin. Tywin até mesmo ofereceu a mão de sua filha, Cersei Lannister, para o filho de Aerys, Rhaegar. Mas Aerys recusou, dizendo que seu filho nunca se casaria com a filha de um servo. Tywin nunca esqueceu tal insulto.

No final de 276 DC, Lorde Denys Darklyn, Senhor de Valdocaso, reteve impostos da coroa. Querendo mostrar que conseguiria resolver o problema sem a ajuda de Tywin, Aerys foi a Valdocaso numa atitude que foi desastrosa. Com um "exército" que incluía apenas um cavaleiro da Guarda Real, Aerys pretendia prender e executar Denys. Em um ato de pânico, Denys prendeu Aerys. Coube, obviamente, a Tywin resolver o problema, reunindo um exército e fazendo um cerco a cidade. A situação se arrastou por seis meses, com Denys ameaçado matar o rei se Tywin invadisse Valdocaso. Foi uma atitude heroica de Sor Barristan Selmy que acabou com o problema, se infiltrando na cidade e slavando o rei. Sem refém, Lorde Denys rendeu a cidade e implorou por misericórdia, mas Aerys ordenou que a Casa Darklyn fosse destruída. Todos os membros foram torturados e queimados vivos.

Esse evento foi um marco para a descida rumo à loucura do rei. Depois do tempo de cativeiro, ele se recusou a sair da Fortaleza Vermelha. Seus ciúmes e suspeitas numa paranoia sem tamanho, de modo que ele via traição em todo o lugar.O rei nem confiava em sua esposa e e filho, e particularmente  não confiava em sua Mão, acusando Tywin de ser capaz de deixar Aerys para morrer em Valdocaso. Após ouvir sobre os talentos de um eunuco que vivia em Essos chamado Varys, Aerys o trouxe para Porto Real e o tornou Mestre dos Sussurros, acreditando que ele apontaria qualquer tipo de traição. O rei se tornou brutal e inconscientemente fascinado pelo fogo, especialmente fogo vivo.

A relação de Aerys com Lorde Tywin acabou rapidamente. Um dos pontos altos da crise foi o desejo carnal de Aerys pela esposa de Tywin, Joanna, Tywin continuou com a intenção de casar Cersei com Rhaegar, mas o rei casou seu filho com Elia Martell. Esse casamento gerou dois filhos, Rhaenys e Aegon. Mesmo asim, Tywin permaneceu sua filha na corte. talvez esperando casa-lá com o outro filho de Aerys, Viserys. Por causa disso, o rei tomou o herdeiro de Tywin, Jaime Lannister, para a Guarda Real, com a intenção de privar a Casa Lannister com um herdeiro adequado, já que o outro filho de Tywin, Tyrion, era um anão deformado, por isso rejeitado. E também disse para dar a ele um refém para provar sua lealdade. Isso deixou Tywin furioso, fazendo com que ele se demitisse do cargo e voltasse para Rochedo Casterly com Cersei. E para substituir Tywin, Aerys nomeou Owen Merryweather, um homem bom mas não muito competente.

Em 281 DC, o Lorde Whent, Senhor de Harrenhal, graças a visita de seu irmão da Guarda Real, Sor Oswell Whent, anunciou um torneio em seu castelo, convidando Westeros inteira. Foi um grande evento, mas uma das coisas que aconteceram nesse torneio foi o estopim para a queda da Casa Targaryen.

(Aerys no auge da loucura)

A HISTÓRIA DE WESTEROS - PARTE 3 - A DINASTIA TARGARYEN (2/3)

Dando continuidade aos posts sobre a história de Westeros, veremos agora as consequências da grande guerra civil que foi A Dança dos Dragões, um rei religioso (até demais) e outro rei que não tem nenhum tipo de senso quando o assunto é bastardo.

Obs: É importante ler as primeiras duas partes para um melhor entendimento, porque muitas coisas que aconteceram antes vão ser citadas aqui.


Aegon III, Desgraça dos Dragões (131 DC até 157 DC)

Para selar a paz entre os Verdes e os Negros, Aegon se casou com sua prima, Jaehaera Targaryen, filha de Aegon II. O ato esperava unir as duas facções que tanto se odiavam, Esse casamento não gerou nenhum herdeiro.

Como ele sentou no Trono de Ferro com 11 anos, vários regentes governaram em nome de Aegon nos primeiros cinco anos de reinado (entre eles, os que governaram por mais tempo foram Lorde Unwin Peake, Lorde Thaddeus Rowan e Grande Meistre Munkun.). Várias conspirações e assassinatos aconteceram nesses cinco anos. Sua esposa possivelmente morreu nessa época por assassinato. Logo após ele se casou com Daenaera Velaryon, na qual gerara dois filhos(Daeron e Baelor) e três filhas (Daena, Rhaena e Elaena)

Quando adulto, Aegon demitiu os regentes e nomeou o seu irmão Viserys como Mão do Rei. Viserys atuou como Mão no reinado de Aegon e de seus dois filhos, Daeron e Baelor. 

Aegon tentou dar paz e prosperidade para o reino, mas sua frieza o afastou da sua corte e de seu povo. Muitos o culpam pela morte do último dragão, já que mantinha distância dos animais desde que sua mãe foi devorada por Sunfyre. Alguns ainda acreditam que foram os meistres que foram os culpados. Aegon ficou conhecido como "Desgraças dos Dragões". É tido como um rei fracassado que governou um reino fracassado. Seu irmão era o que mais se empenhava no governo. Aegon foi depressivo até morrer, não encontrando prazer em nada e se trancando no quarto para chorar em posição fetal por dias. 

O Reinado de Aegon acabou quando morreu em 157 DC, vítima de Tuberculose. Muitos de seus súditos o achavam mais velho, já que sua infância foi consideravelmente curta, e sua melancolia nunca é lembrada com carinho.

Daeron I, O Jovem Dragão (157 DC até 161 DC)

Aegon III morreu quando Daeron tinha apenas quatorze anos, fazendo com que ele seja o mais jovem rei a sentar no Trono de Ferro, daí o apelido "O Jovem Dragão". Novamente foi seu tio Viserys que atuou como Mão do Rei.

Daeron acreditava que o longo tempo de insubmissão de Dorne era um trabalho acado aos Targaryen, então ele prometeu corrigir os erros de seus antecessores. Ao subir ao trono, Daeron estabeleceu a Conquista de Dorne, tornando - se o primeiro rei a conquistar Dorne e unificar os Sete Reinos. Ele escreveu um livro sobre esse feito chamado "A Conquista de Dorne".

Infelizmente, a conquista não foi estabelecida. Em uma quinzena, uma armadilha matou o administrador que Daeron havia deixado em Dorne, Lorde Tyrell. Sua morte causou uma grande rebelião que acabou com a submissão do reino. O rei perdeu 40 mil homens tentando restabelecer a conquista, e acabou morrendo também. Daeron só tinha 18 anos. Ele morreu sem deixar descendentes e seu irmão, Baelor, herdou o trono.

Baelor I, O Abençoado (161 DC até 171 DC)

Baelor era quieto e estudioso, e muito religioso na Fé dos Sete. Ele desejava se tornar septão, mas seu pai proibiu e o obrigou a se casar com sua irmã, Daena, como era tradição para os Targaryen.

Após a morte de seu irmão Daeron, Baelor iniciou com uma caminhada descalço pelo Caminho do espinhaço para fazer paz com Dorne (Imagem acima). Ele também salvou seu primo, Aemon, de um poço de víboras, tomando várias picadas, mas o veneno não o matou porque sua fé o protegeu. 

O reinado de Baelor foi interino de orações e jejuns. Seu tio, Viserys, continuou a governar como Mão do Rei. Baelor conseguiu o desprezo dos nobres ao forçar Lorde Belgrave a lavar os pés de um plebeu com lepra. Também tentou substituir os corvos por pombas e confinou suas irmãs Daena, Rhaena e Elaena na Arcada das Donzelas para que a visão delas não despertassem desejos carnais.

Ele tentou criar novos dragões rezando sobre seus  ovos de dragão. mas nada aconteceu. Ordenou que os livros escritos pelo Septão Barth fossem todos queimados, porque ele era mais um feiticeiro do que um septão. Baniu todas as prostitutas de Porto Real e teria também restaurado a Fé Militante se não fosse o seu temperamento pacífico.

Durante seu reinado, ele mandou criar um Septo gigantesco que ficou conhecido como o Grande Septo de Baelor. Um pedreiro foi nomeado Alto Septão. Sendo pedreiro, o Alto Septão não sabia ler, escrever e nem recitar nenhuma oração. Boatos dizem que Viserys envenenou ele para poupar o constrangimento. Baelor então elevou um garoto de oito anos a Alto Septão, dizendo que ele supostamente fazia milagres, mas o garoto não conseguiu salvar o rei em seu leito de morte. Uns dizem que Baelor se matou de fome em um de seus jejuns com intenção de afastar os desejos carnais, mas outros dizem que Viserys o envenenou também

Como Baelor não deixou herdeiros, seu tio Viserys sentou no trono, após ser Mão de três reis.

Viserys II (171 DC - 172 DC)

Viserys II subiu no trono já velho, logo após a morte do seu sobrinho, Baelor. Ele foi Mão dos dois filhos de seu irmão Aegon. Enquanto Daereon guerreava e Baelor rezava, Viserys governava. Ele é pouco lembrado em pela maioria de Westeros, devido ao seu reinado passageiro.  Mas foi ele que preservou a paz no reinado de seus sobrinhos e no seu também. Viserys tinha a capacidade de ser um novo Conciliador.

Ele teve dois filhos e uma filha com Larra Rogare: Aegon, Aemon e Naerys. Naerys amava seu irmão Aemon, mas o rei a obrigou a se casar com Aegon. Viserys morreu com uma doença em 172 DC, mas alguns dizem que ele foi envenenado pelo seu próprio filho, Aegon, para que ele herdasse o trono.

Aegon IV, O Indigno (172 DC até 184 DC)

Aegon é considerado o pior rei da história de Westeros, por isso o apelido "O Indigno". Ele foi um rei corrupto e decadente que se entregava aos seus desejos sempre que conseguia. Como era atraente, ele tinha uma certa popularidade com mulheres de alto e baixo nascimento. Teve nove amantes e dezenas de bastardos. Ele tinha qualquer mulher que quisesse, sendo casada ou não. O lema da Casa Targaryen era "Fogo e Sangue", mas as pessoas diziam que o de Aegon era "Lave-a e a traga para minha cama". Ele tinha amantes abertamente na corte, para aflição de sua esposa, Naerys, na qual ele já tinha um filho, Daeron. Uma vez Aegon deu um ovo de dragão de presente a Lorde Buterwell, quando ele visitou seu castelo e engravido três das filhas do Lorde. Outra vez ele flagrou um dos membros da Guarda Real com uma de suas amantes e matou os dois. Os irmãos do cavaleiro tentaram vingá-lo, mas em vez de matarem o rei, mataram seu irmão , Aemon, acidentalmente.

Aegon deu a espada de aço valiriano, Blackfyre, a que foi usada por Aegon, O Conquistador e tem sido passada de rei a rei desde então, para seu filho bastardo mais consagrado, Daemon. Isso deixou claro que Aegon queria que Daemon o sucedesse ao invés de Daeron.

Em seu leito de morte, Aegon legitimou TODOS os bastardos que ele alguma vez gerou e colocou atrás na linha de sucessão de seu filho legítimo. Alguns bastardos ficaram conhecidos como Grandes bastardos, que são Daemon Blackfyre, Aegor Rivers, Brynden Rivers e Shiera Seastar. Essa grande legitimização deu origem aos Pretendentes Blackfyre, que ameaçaram os Targaryen e o Trono por cinco gerações

Resumindo, Aegon, O Indigno ferrou mais o reino do que ajudou.

Daeron II, O Bom (184 DC até 209 DC)

Daeron já tinha mais de 40 anos quando sentou no Trono de Ferro. Ele arranjou um casamento de sua irmã mais nova Daenerys com o Príncipe Maron Martell, Assim, finalmente Dorne se unificou com os Sete Reinos, depois de 200 anos da Conquista.

Durante seu reinado, Daeron teve que lidar com a segunda guerra civil de Westeros, A Rebelião Blackfyre. O meio-irmão bastardo, recém legitimado de Daeron, Daemon, fundou sua própia Casa: A Casa Blackfyre. Em vez de um dragão vermelho em um campo negro, que era o símbolo Targaryen, ele adotou o símbolo de um Dragão Negro em um campo vermelho. Por isso ele ficou conhecido como Daemon, O Dragão Negro.

Apoiado principalmente por Casas da Campina, Daemon reuniu um exército contra o rei. Ele conseguiu a ajuda de seu meio-irmão Aegor Rives, dito cujo Açoamargo, outro bastardo de Aegon, O Indigno. Brynden Rivers, dito cujo Corvo de Sangue, outro bastardo de Aegon, permaneceu no lado do Rei. 

A batalha mais importante da rebelião foi A Batalha do Campo do Capim Vermelho. Açoamargo e Daemon lideravam um grande exército contra o exército do Príncipe Maekar, filho de Daeron e de Lorde Hayford, a Mão do Rei. Durante a batalha, Lorde Hayford foi assassinado e Daemon lutou com um cavaleiro da guarda real, Sor Gwayne Corbray. O duelo durou uma hora, mas Daemon venceu. Pouco depois disso, o exército do outro filho de Daeron, Principe Baelor Quebra-Lanças chegou na batalha. Só que a batalha realmente acabou quando Corvo de Sangue veio com seus arqueiros e despejou milhares de flechas no exército de Blackfyre. Daeron e seus dois filhos, Aegon e Aemon, morreram nessa hora. Açoamargo conseguiu recuperar a espada Blackfyre e a levou para o exílio em Essos. juntamente com os outros cinco filhos restantes de Daemon.

Daeron teve três filhos: Baelor, Aerys, Rhaegel e Maekar. E uma filha, Aelinor. Baelor morreu em um Julgamento de Sete no Torneio de Vaufreixo, lutando do lado de um cavaleiro andante chamado Sor Duncan, O Alto. Baelor morreu por causa de um golpe da maça do próprio irmão, Maekar, que lutava do lado de seu filho, Aerion, que tinha brigado com Sor Duncan, e por isso fizeram um Julgamento de Sete, porque bater em um Targaryen é crime. Já Rhaegel simplesmente morreu engasgado com uma torta de lampreia. Isso fez com que Aerys se tornasse o herdeiro

O rei Daeron morreu na Grande Praga da Primavera, em 209 DC, juntamente com seus dois netos, filhos de Baelor. Daeron reinou por 25 anos, e tirando a rebelião, foi um reino de paz e prosperidade para o Reino.

A HISTÓRIA DE WESTEROS - PARTE 2- A DINASTIA TARGARYEN (1/3)

Dando continuidade à história de Westeros, agora veremos o primeiro século da Dinastia Targaryen. Alguns reis governaram décadas, outros menos de 5 anos, mas cada um teve a sua devida importância.

Aegon I, O Conquistador (1 DC até 37 DC)

Dragão - Balerion, o Terror Negro

Após a Conquista, Aegon fundou a cidade de Porto Real e começou a construir a Fortaleza Vermelha. Ele pegou as espadas de todos os seus inimigos derrotados e as fundiu, formando assim o famigerado Trono de Ferro. Ele passou o resto de sua vida consolidando o seu poder e construindo Porto  Real e a Fortaleza Vermelha. Certa vez Aegon fora atacado enquanto andava em Porto Real e Visenya, vendo que a Patrulha da  Cidade não dava conta d e proteger o Rei, deu a ideia de criar uma Guarda Real, tendo como base os votos da Patrulha da Noite. Ele também criou o cargo de Mão do Rei, fazendo Orys Baratheon sua Mão.

Aegon teve dois filhos: Aenys com Rhaenys e Maegor com Visenya. Ele morreu 37 anos após conquistar Westeros, sendo assim, Aenys herdou o trono.

Aenys I (37 DC até 42 DC)

Dragão - Quick Silver

Aenys se casou com Alyssa Velaryon como um acordo político e eles tiveram quatro filhos: Aegon, Jaehaerys, Alysanne e Rhaena. Jaehaerys se casou com Alysanne e Rhaena se casou com Aegon.

Aenys era considerado fraco. Sua sucessão ao Trono de Ferro fez eclodir a Revolta da Fé Militante, um levante liderado pela Fé dos Sete contra os Targaryen, que usava como acusação o fato de Aenys ser nascido de um ato incestuoso, que era abominável para a Fé. Aenys se mostrou indeciso e fraco na crise, e foi incapaz de tomar uma atitude contra ela. A maior parte da responsabilidade foi para Maegor. Após a morte do pai, Aenys deu a Maegor a espada Blackfyre (Espada usada por Aegon na Conquista), admitindo a todos que ele não se comparava ao irmão como guerreiro. O Rei morreu em 42 DC, com 5 anos de reinado e mesmo tendo um filho, o trono herdou para o seu irmão Maegor.

Maegor I, O Cruel (42 DC até 48 DC)

Dragão - Balerion, O Terror Negro

Maegor sucedeu o Trono de Ferro em 42 DC na frente do filho de seu irmão, Aegon. Corvos voaram e a notícia de que um novo Rei sentou no Treno chegou em todos os Sete Reinos. Todos que o desafiaram foram mortos por traição. A Fé Militante que o desafiou. Maegor montou em Balerion e partiu para Porto Real e colocou seu estandarte, reunindo seus seguidores. Visenya desafiou todos aqueles que questionassem o seu filho de governar. Quem aceitou o desafio foi o capitão dos Filhos do Guerreiro, Sor Damon Morrigen. Ele desafiou Maegor a um Julgamento de Sete e ele aceitou. Lutaram Sete Filhos do Guerreiro contra Maegor e seus seis campeões. No final só Maegor sobreviveu e entrou em um coma de um mês. Faltando alguns dias para ele acordar do coma, sua esposa Alys Harroway voltou de Pentos com Tyanna da Torre, a amante de Maegor quando ele estava em  Essos. Tyanna cuidou de Maegor e aí ele acordou. Depois montou Balerion e voou até o Septo de Memória e queimou tudo que via pela frente. O Alto Septão continuou a ser contra Maegor.

Durante todo o Reinado de Maegor, a Fé Militante foi sua inimiga. Ele esmagou as rebeliões com métodos cruéis, um mais brutal que o outro e instituiu novais Leis que ficaram conhecidas como Leis de Maegor. Todas essa brutalidades fez ele ganhar o apelido de "O Cruel"

A Fé Militante não foi a única a se rebelar contra Maegor. O filho mais velho de seu irmão,Aegon, montou no dragão de seu pai, Quick Silver e proclamou o trono que por direito era seu. Isto terminou em uma batalha no Olho de Deus em 43 DC, quando Maegor montou em Balerion e matou Aegon e Quick Silver. 

Maegor também conseguiu terminar a Fortaleza Vermelha, renomeando-a de Fortaleza de Maegor. Ele planejou uma série de túneis e passagens escondidas por toda a Fortaleza. E tudo isso terminou em mais uma crueldade. Após tudo ser construído, Maegor organizou uma festa de três dias para todos os envolvidos na construção. Após o término da festa, ele mandou passar a espada em todo mundo, afim de esconder todos os segredos. Ele também mandou construir um Fosso de Dragões no lugar do Septo da Memória para guardar os dragões da Casa Targaryen.

Em 44 DC, a rainha Visenya morreu e Maegor ficou devastado. O caos de sua morte deu uma chance a Alyssa Velaryon fugir de seu cativeiro com seus dois filhos mais novos, Jaehaerys e Alysanne. Em resposta da fuga, Maegor mandou torturar o filho mais velho de Alyssa, Viserys, Após nove dias de interrogatório, ele foi morto por Tyanna da Torre.

Em 47 DC, Maegor se casou com três mulheres, após a morte de sua segunda esposa ,Ceryse Hightower, para gerar herdeiros: Elinor Costayne, Jeyne Westerling e Rhaena Targaryen, sua sobrinha. Todas foram forçadas a se casar.

Em 48 DC, a tirania de Maegor não foi mais suportada. Um novo pedido ao Trono de Ferro foi apresentado pelo último filho vivo de Aenys, Jaehaerys. Após isso, muitos dos vassalos foram de Maegor foram para o lado de Jaehaerys, também como a sua Guarda Real. Rhaena conseguiu fugir do seu casamento forçado, roubando a espada Blackfyre. Durante a madrugada, os poucos que permaneceram deixaram a sala do trono, deixando o Rei sozinho. No dia seguinte, Maegor foi encontrado morto sentado no Trono de Ferro. Há varias teorias em torno da morte dele, só que a mais plausível é que ele se matou, cortando os seus pulsos nas lâminas do Trono. Ele não deixou filhos.

A guerra contra a Fé Militante só acabou no reinado de seu sobrinho, Jaehaerys I Targaryen.

Jaehaerys I, O Conciliador (48 DC até 103 DC)

Dragão: Vermithor

Quando Jaehaerys colocou um Fim a Rebelião da Fé Militante e os proibiu de fazer julgamentos criminais e pegarem em armas. Por causa disso ele ficou conhecido com "O Conciliador"

Jaehaerys governou por 55 anos e trouxe para o reino uma época de paz e prosperidade, auxiliado pela sua esposa e irmã, Alysanne. O seu melhor amigo foi Septão Barth, que futuramente iria se tornar Mão do Rei. Nenhum plebeu nunca conseguiu esse feito. E com a ajuda de Barth, o Rei reformou o reino como ninguém jamais vira. Ele criou um código legal unificado, do Norte até as Marcas de Dorne,o reino iria partilha uma mesma lei. Ele também construiu esgotos e poços em Porto Real, para melhorar a saúde da cidade. E por fim também construiu a Estrada do Rei que viaja por toda Westeros.

Jaehaerys e Alysanne tiveram treze filhos, mas só nove chegaram a idade adulta. O filho mais velho foi Aemon e o segundo foi Baelon. Quando Aemon morreu em 92 DC, Jaehaerys escolheu Baelon como seu herdeiro ao invés da filha de Aemon, Rhaenys. Baelon também se tornou a mão do Rei.

Após a morte de Baelon em 101 DC e Sor Otto Hightower assumiu o cargo de Mão. A morte de Baelon significou a convocação do Grande conselho de 101, reunindo uma grande parte dos senhores de Westeros. O Grande Conselho escolheu Viserys, o filho de Baelon, como o novo herdeiro.

Jaehaerys faleceu logo após a sua esposa, em 103 DC. Ele tinha 69 anos quando morreu. Seu corpo foi queimado junto com o da Rainha Alysanne e suas cinzas foram enterradas embaixo da Fortaleza Vermelha. Toda Westeros lamentou sua morte, até mesmo Dorne que nem era unificada com os outros reinos.

Viserys I (103 DC até 129 DC)

O Rei Viserys fez um bom governo e continuou com a paz que seu avô, Jaehaerys, começou.

Teve três filhos com sua primeira esposa, uma mulher Arryn. Dois dos filhos morreram na infância, então só sobrou a filha dele, Rhaenyra Targaryen. Sem um filho para herdar, Viserys começou a preparar Rhaebyra para ser a primeira Rainha de Westeros.

Viserys se casou novamente em 106 DC, com Alicent Hightower e teve três filhos: Aegon, Daeron e Aemond e uma filha, Helaena. Rhaenyra mesmo assim continuou como herdeira.

Rei Viserys morreu em 129 DC. Enquanto ele contava história para os seus netos sobre o seu bisavô, ele ficou cansado e mandou os netos embora. Depois ele caiu em um sono que nunca despertou.

O Senhor Comandante da Guarda Real, Criston Cole, apoiado por Alicent, coroou o filho de VIserys, Aegon, Rei dos Sete Reinos. Óbvio que Rhaenyra não iria gostar disso e então causou uma guerra civil que ficou conhecida como A Dança dos Dragões.

Aegon II, O Usurpador (129 a 131 DC)

Dragão: Sunfyre, O Dourado

Viserys tinha deixado evidente de que seu desejo era que a meia-irmã mais velha de Aegon, Rhaenyra, fosse herdeira do Trono de Ferro. Mesmo assim, o Senhor Comandante da Guarda Real, Criston Cole (depois ficou conhecido como O Fazedor de Reis), coroou Aegon. Rhaenyra não aceitou que usurpassem seu direito e começou uma guerra com o meio-irmão. O reino se dividiu em duas facções: Os verdes ( lado de Aegon) e Os Negros ( lado de Rhaenyra), que entraram em um conflito que depois ficou conhecido como A Dança dos Dragões.

Aegon e Sunfyre foram feridos na batalha de Rook's Rest. ele teve o braço direito totalmente queimado e levou um ano para se recuperar. Aproveitando as complicações do irmão, Rhaenyra conseguiu tomar Porto Real e o Trono de Ferro em 130 DC. O Mestre dos Sussurros Larys Strong ajudou Aegon a fugir de Porto Real até Pedra do Dragão. Lá, ele conseguiu convencer vários dos negros a virarem a casaca. Durante isso, ele teve que lutar com Baela Targaryen e seu dragão Moondancer. Apesar de derrotá-los, Aegon quebrou suas duas pernas e seu dragão, Sunfyre, ficou mortalmente ferido. Aegon teve que conviver com muita dor pelo resto de sua vida.

Enquanto isso, em Porto Real, estava ocorrendo um Assalto ao Fosso dos Dragões. Uma  multidão enorme de plebeus conseguiu invadir o Fosso com machados lanças e tochas. Eles atearam fogo no lugar e começaram a atacar os animais que estavam acorrentados. Muitos plebeus morreram mas conseguiram matar todos os quatro dragões que estavam lá (Shrykos, Morghul, Tyraxes e Dreamfyre). Como um ato final, o dragão da rainha, Syrax, foi atraído para o caos. Ele atacou e devorou dezenas de plebeus, mas também foi morto.

Rhaenyra teve que fugir de Porto Real após o Assalto, e foi ao lugar onde pensava que estaria segura: Pedra do Dragão. Sem Saber que seu maior inimigo a esperava, Rhaenyra foi capturada, julgada como traidora e depois devorada por Sunfyre. Tudo isso na presença de seu filho, que também se chamava Aegon.

O rei tinha dois reféns valiosos, o sobrinho Aegon e a prima Baela. Mesmo assim, Os Negros continuaram lutando por amor a falecida Rhaenyra. Além disso, Aegon só tinha uma filha, Jaehaera, o que fazia com que o seu sobrinho Aegon fosse o herdeiro.

Os Senhores do Rio avançaram contra Porto Real e venceram Lorde Borros Baratheon na Batalha da Estrada do Rei. Eles estavam a alguns dias da capital e prestes a receber apoio de milhares de nortenhos vindo do Gargalo. Aegon foi pressionado pelo seu Pequeno Conselho a se render. Ele planejou cortar a orelha do seu sobrinho e envia-lá para seus inimigos, para eles não se aproximarem mais.

O rei proferiu seu desejo foi ao seus aposentos, sendo transportado numa liteira. Ele recebeu uma taça de vinho no meio do caminho. Quando chegaram ao seu destino, os servos abriram a cortina e encontraram Aegon morto com sangue nos lábios, envenenado pelo seu próprio pequeno conselho. Com isso A Dança dos Dragões chegou ao fim.

HISTÓRIA DE WESTEROS - PARTE 1 - A ERA DA AURORA ATÉ A CONQUISTA

Com certeza o mais rico e detalhado mundo fantástico da literatura moderna é o escrito por George R.R. Martin.  Apesar de cinco livros de mais 500 páginas, As Crônicas de Gelo e Fogo, isso é só um por cento da história de Westeros. Ainda tem muita coisa que preenche esse rico universo. Conquista, traição, conspiração e religião são apenas alguns dos muito assuntos abordados nessa mitologia que acerca o Mundo de Gelo e Fogo, e para entendê-la, escrevi 5 posts resumindo os tempos antigos e novos dos Sete Reinos.

Obs: Os anos são dividos em AC E DC (Antes da Conquista e Depois da Conquista)

A Era da Aurora (Aproximadamente 40.000 AC até 12.000 AC)

Desde o início dos tempos, Westeros foi povoada por dois povos, os gigantes e os Filhos da Floresta, criaturas pequenas com poderes sobrenaturais. Eles adoravam os deuses sem nome da floresta, do córrego e da pedra, e viviam da terra. Não se sabe por quanto tempo os filhos e os gigantes viveram sozinhos em Westeros, nem de onde eles vieram. Os mais antigos registros disponíveis apenas se relacionam com a chegada dos Primeiros Homens para o continente, a partir do continente oriental, cerca de 12.000 anos atrás.

A Chegada dos Primeiros Homens (12.000 AC até 10.000 AC)

 Os Primeiros Homens chegaram a Westeros do continente oriental cruzando o istmo chamado Braço de Dorne. Assim que se instalaram na nova terra, começaram a cortar os represeiros, árvores sagradas para os deuses dos Filhos da Floresta. Isso provocou uma guerra entre os dois povos. Apesar dos filhos terem magia sobrenatural ao seu lado, que elas usaram para destruir o Braço de Dorne e transformá-lo em uma cadeia de ilhas, os Primeiros Homens eram maiores, mais fortes e mais avançados em tecnologia,vieram com armas e armaduras de bronze. A guerra prosseguia a favor deles até que ambos os lados decidiram fazer um acordo de paz, que chamaram de O Pacto, na Ilha das Faces. Os Primeiros Homens deram o domínio das florestas para os Filhos e prometeram não cortar mais as árvores sagradas. Por outro lado, tomaram conta de todo o resto de Westeros. Com O Pacto, a Era da Aurora chegou ao fim, e a Era dos heróis começou.

A Era dos Heróis (10.000 AC até 6.000 AC)

A era começou com a assinatura do Pacto, terminando a Guerra dos Primeiros Homens e dos Filhos da Floresta, que durou quase quatro milênios. Durante este tempo, centenas de reinos se levantaram, e caíram. Esta foi uma época dura, onde muitas das antigas tradições e legados criados pelos Primeiros Homens foram estabelecidos, com a influência dos Filhos da Floresta. Muitos destes costumes ainda existem entre os senhores do Norte, que ainda possuem o sangue dos Primeiros Homens em suas veias. As leis de hospitalidade, a obrigação de um juiz ser também o executador, etc. Todas estas são creditadas a estes ancestrais dos nortenhos, e outras de suas construções ainda podem ser encontradas em todo o Norte. Esta foi a primeira época onde muitos reis e heróis lendários caminharam sobre a terra, como: Bran, o Construtor, Lann, o Esperto, o Rei Cinzento, e muitos outros. É uma era coberta de mistérios, com mais mitos conhecidos do que fatos sobre ela. Ela terminara no início da Longa Noite.

A Longa Noite (Aproximadamente uma geração)

No meio da escuridão uma raça aparentemente de demônios, chamada de Outros, emergiu do extremo norte portando espadas de gelo finas como navalhas e erguendo os mortos para lutar contra os vivos. Os Filhos da Floresta e seus aliados, os Primeiros Homens, lutaram bravamente contra eles, mas foram empurrados em direção ao sul. A esperança surgiu quando foi descoberto que armas feitas de vidro de dragão podia matá-los. Um grande herói, que na tradição oriental é chamado de Azor Ahai, conduziu a guerra contra os Outros portando sua espada de fogo, Luminífera. No final os Outros foram empurrados de volta para as Terras de Sempre Inverno.

Brandon Stark, conhecido como Bran, o Construtor, ergueu uma imensa Muralha de gelo e magia, que se prolongava a cem milhas do Gorge até o Mar dos Tremores para prevenir o retorno dos Outros. Brandon foi declarado o Primeiro Rei do Norte. A fortaleza de Winterfell (e possivelmente Ponta Tempestade no sul) foi construída nesse época, e a Patrulha da Noite fundada para manter a vigia na Muralha.

A Chegada dos Ândalos (6000 AC até 4000 AC)

Os Ândalos foram os primeiros invasores depois que os Primeiros Homens haviam estabelecido paz com os filhos da floresta, sendo que viviam em harmonia por 4 mil anos. Vieram das Colinas dos Ândalos, em Essos. Eram guerreiros altos e loiros, que carregavam armas de aço e tinham pintada em seus corpos a estrela de sete pontas de seus deuses. Acabaram por conquistar o continente, assim como os Primeiros Homens haviam feito milênios antes.

Os Dedos foram onde os Ândalos desembarcaram pela primeira vez, para arrancar dos Primeiros Homens o local hoje conhecido como Vale. Em sucessivas ondas de incursões, espalharam-se. As guerras entre os Primeiros Homens e os Ândalos duraram centenas de anos, mas, em tempo, os reinos sulistas caíram perante eles. Apenas os Reis do Inverno permaneceram, no Norte.Os Ândalos queimaram todos os troncos de represeiro e mataram todos os filhos da floresta que encontraram, acreditando que fossem abominações, e destruíram a infinita quantidade de reinos sulistas dos Primeiros homens. Criaram grandes reinos próprios, mas este processo foi lento; as Ilhas de Ferro, por exemplo, foram conquistadas apenas 2 mil anos após a primeira invasão.

Com o tempo, com Reis Ândalos juntando forças, conseguiram invadir o Norte. Todos os ataques, porém, foram repelidos pelos cranogmanos do Gargalo ou pelas grandes fortificações do Fosso Cailin. Os Ândalos desistiram, e ao Norte foi permitido continuar em paz; nos milênios seguintes, sangue Ândalo adentrou ao Norte por casamentos dinásticos.

Uma das principais consequências das invasões foi o abandono de Westeros pelos filhos da floresta, que lentamente desapareceram nas gerações subsequentes. Durante, e após, as invasões, seis reinos sulistas foram forjados: o Reino da Montanha e do Vale, o Reino do Rochedo, o Reino da Campina, o Reino das Ilhas de Ferro, o Reino das Terras Fluviais e o Reino da Tempestade. Neste época Dorne foi deixado como uma confederação de estados rivais em disputa.

A Perdição de Valiria (100 AC)

Para entendermos melhor o que acontece daqui para frente, temos que falar de um evento que ocorreu em outro continente, Essos.

 Valiria era uma civilização pequena, mas quando eles encontraram ovos de dragão em Quatorze Chamas, tudo mudou. Eles começaram a se tornar poderosos, mas eles se tornaram realmente um Império quando derrotaram os Ghiscari, uma grande civilização que vivia em um lugar que era banhado pela Baía dos Escravos. Os Valirianos expandiram o seu Império por toda Essos, criando assim as Cidades Livres. Depois de milhares de anos, cada valiriano tinha um dragão.

Mas tudo isso acabou quando um cataclisma destruiu a cidade, rompendo a península valiriana em pequenas ilhas, criando o Mar Fumegante.

Não se sabe a natureza do ocorrido, mas suspeita-se de que a causa foi uma intensa atividade nas Quatorze Chamas. Diz-se que, no dia da Perdição, todos os montes ao longo de quinhentas milhas tinham se despedaçado para encher o ar com cinzas, fumo e fogo, incêndios tão quentes e famintos que mesmo os dragões no céu foram envolvidos e consumidos. Grandes rasgos tinham-se aberto na terra, engolindo palácios, templos, cidades inteiras. Lagos ferveram e transformaram-se em ácido, montanhas arrebentaram, fontes de fogo cuspiram rocha fundida até uma altura de trezentos metros, de nuvens vermelhas choveu vidro de dragão e o sangue negro dos demônios, e ao norte o terreno fraturou-se, ruiu e caiu para dentro de si próprio, e um mar furioso jorrou para onde ele esteve. A mais orgulhosa cidade do mundo inteiro desapareceu num instante, o seu fabuloso império evaporou-se num dia. As Terras do Longo Verão foram queimadas, afogadas e arrasadas.

Mas uma família valiriana fugiu para sua sede em Westeros antes que tudo acontecesse. E um século depois, o seu lorde, Aegon Targaryen, fez a diferença

A Conquista de Aegon (0 DC até 1 DC)

A guerra começou em 0 DC quando Aegon Targaryen e suas duas irmãs-esposas Rhaenys e Visenya, desembarcaram com menos de 3.000 homens na costa leste de Westeros, na foz da Baía da Água Negra. Os Targaryen ocupavam a ilha-fortaleza de Pedra do Dragão, o posto mais ocidental do antigo Domínio da Cidade Franca de Valíria.

Ilhas de Ferro e Terras Fluviais - Aegon atacou primeiramente o rei das Ilhas de Ferro e das Terras Fluviais, o rei Harren, o Negro, que morava em Harrenhal. Quando Aegon chegou em Harrenhal, ele ameaçou queimar o castelo se Harren não se rendesse. Harren, teimoso, disse que as muralhas dele eram de pedra e que ele estava segura dentro do castelo. Assim, Aegon montou em seu dragão, Balerion, e voou por cima de Harrenhal e queimou tudo, incluindo Harren, sua família e todos os seus subordinados. Ele passou o comando das Ilhas para Vickon Greyjoy e dos Rios para Edwyn Tully.

Terras da Tempestade - Após ver o que acontecera com Harren, Argillac jurou que não morreria assado em seu castelo como um porco com uma maçã na boca, e sim lutando. Ele liderou seu exército e marchou de encontro ao inimigo. Rhaenys, montada em seu dragão Meraxes, observou tudo de cima e relatou seus movimentos para Orys Baratheon. Enquanto os exércitos se aproximavam, uma grande tempestade caiu sobre eles. Seus homens o aconselharam a esperar mas ele tinha a vantagem de dois pra um e o vento estava carregando a chuva para cima dos Targaryen. Argilac avançou e começou a Batalha da Última Tempestade. Os cavaleiros de Argilac atacaram, mas foram atrasados pela lama. Quando eles finalmente conseguiram avançar, tiveram de enfrentar Rhaenys em Meraxes. O dragão era tão mortal em terra quanto no céu. Na confusão, Argilac foi derrubado do seu cavalo e acabou ficando frente a frente com Orys Baratheon. Os dois se feriram muito, mas logo Argilac conseguiria realizar o seu desejo e morreria em batalha. Sua morte significou o fim da luta.Em Ponta Tempestade, a filha de Argilac, Argella, declarou-se Rainha da Tempestade e fechou seus portões. No entanto, seus homens não estavam tão ansiosos para morrer e entregaram-na de presente a Orys, nua e acorrentada. Orys tratou-a com gentileza. Ele removeu as correntes e a cobriu com seu próprio manto. Ele tomaria o exército e o lema da Casa Durrandon para a sua própria Casa, e casaria com Argella.

Terras Ocidentais e Campina - Preocupados com a rápida expansão dos Targaryen, o Rei Loren Lannister de Rochedo Casterly e o Rei Mern , da Campina, se aliaram e juntaram seus exércitos contra o invasor. Seu exército, chamado pelos historiadores de "Exército dos dois Reis", possuía cerca de 55 mil homens, sendo cinco mil cavaleiros montados, enquanto os Targaryen possuíam apenas 10 mil homens. Os dragões voaram e começaram a botar fogo em todo o exército. O Rei Mern de Jardim de Cima e seus filhos morreram em batalha mas o Rei Loren Lannister conseguiu escapar. Ele foi encontrado no dia seguinte e então dobrou o joelho. Aegon manteve sua promessa e nomeou Loren como Senhor de Rochedo Casterly e Protetor do Oeste, e depois voou para Jardim de Cima e o castelo foi rendido pelo intendente Harlen Tyrell e como recompensa o nomeou Senhor de Jardim de Cima.

 Norte - Torrhen Stark tinha levantado um exército de 30.000 homens e cruzado o Gargalo. Aegon marchou com um exército com metade desse número. Os Stark esperaram em Fosso Cailin e tomaram conselho. O irmão bastardo de Torrhen se ofereceu para infiltrar-se no acampamento de Aegon e matar os três dragões. Ao invés disso, Torrhen mandou três meistres encontrarem Aegon depois do Tridente. Torrhen dobraria o joelho e ficaria conhecido para sempre como “O Rei Que Ajoelhou”.

Vale - Aegon mandou sua frota comandada por Daemon Velaryon tomar Vila Gaivota, auxiliado por Visenya. Na Batalha de Vila Gaivota, a frota Arryn foi capaz de derrotar a frota Targaryen e Daemon Velaryon foi morto. Visenya Targaryen, em seu dragão, queimou a frota Arryn. Embora os Targaryen tenham perdido a batalha, os senhores das Três Irmãs se revoltaram contra os Arryn por causa da frota perdida.O chefe da Casa Arryn, o Rei da Montanha e do Vale, era um jovem garoto, Ronnel Arryn. Sua mãe, Sharra Arryn, governava como regente. Ela enviou um exército para o Portão Sangrento e depois retornou para a segurança do Ninho da Águia. Visenya Targaryen simplesmente montou em seu dragão e voou até ao pátio do Ninho de Águia. A regente, aflita, correu para o pátio e encontrou o filho sob posse de Visenya, pedindo para passear no dragão. Sharra dobrou o joelho, e o pequeno rei pôde dar seu passeio.

Dorne - Rhaenys se dirigiu para Dorne, mas encontrou todas as fortalezas vazias em seu caminho. Os homens pareciam ter partido, deixando apenas as mulheres e crianças. Quando chegou a Lançassolar, lançou seu ultimato à Princesa de Dorne, Mariya Martell, que disse que não pretendia se ajoelhar e nem lutar. Quando Rhaenys a ameaçou, Mariya respondeu com o lema dos Martell: "Insubmissos, não curvados, não quebrados!".Aegon liderou a invasão de Dorne, tencionando se expandir para o sul de Westeros também, marchando pelas Montanhas Vermelhas. Os dorneses, porém, haviam aprendido a lição com o Campo de Fogo, e se recusaram a entrar em batalha em campo aberto, escondendo-se em seus castelos, atacando linhas de suprimento e adotando táticas de guerrilha. A intenção foi bem sucedida, e Aegon percebeu que submeter Dorne seria custoso demais, de modo que permitiu que o reino permanecesse independente.

Reconhecido como Rei em seis dos Sete Reinos, Aegon I Targaryen, ou Aegon, o Conquistador, como ficou conhecido, deu início à construção de um novo castelo, a Fortaleza Vermelha, e uma nova capital, Porto Real, no local de seu desembarque. Aegon derreteu e fundiu as espadas de seus oponentes derrotados e forjou o Trono de Ferro, que passaria a ser o símbolo da submissão dos senhores de Westeros aos Targaryen. Dorne permaneceu independente sob o comando dos Martell, de Lançassolar, enquanto Aegon passou o resto da vida dedicado à consolidação de seu reino.